quarta-feira, 12 de maio de 2010

Apuramento dos resultados finais

Face às irregularidades detectadas nos últimos dois dias de votação online, em torno da Capela da senhora da Guia, o grupo responsável decidiu contabilizar apenas os votos obtidos por esta capela de Caria até ao dia 7 de Maio (44 votos).
Assim sendo, o somatório da votação online com a votação em papel deu os seguintes resultados:

I. Casa Museu de Aquilino Ribeiro, Soutosa (Peva)

(341 Votos)

Foi uma das casas em que viveu Aquilino Ribeiro, ilustre figura da Literatura Portuguesa Contemporânea. Esta casa situa-se na Rua da Capela na povoação de Soutosa, freguesia de Peva. A sua construção data do século XIX e está classificada como Imóvel de Interesse Público, pelo Despacho de Julho de 1985.

II. Terreiro das Freiras e Espaço Envolvente(Moimenta da Beira)

(335 Votos)

O Terreiro das Freiras constitui um dos sítios mais agradáveis da vila de Moimenta da Beira.
Do seu belíssimo conjunto arquitectónico destacam-se o Convento Beneditino de Nossa Senhora da Purificação (do século XVI, de traça maneirista, barroca e rococó), o Solar dos Guedes (exemplar de arquitectura civil privada do século XVIII, estilo rococó, que passou a ser uma instituição pública de expansão da Cultura – a Biblioteca Municipal Aquilino Ribeiro), o Solar Correia Alves (edifício do século XVII recuperado para Turismo de Habitação), a Capela de Nossa Senhora do Amparo (talvez do século XVI), a Fonte da Pipa (do século XVIII), entre outros edifícios dignos de nota, não esquecendo a presença do antigo Pelourinho.

III. Convento da Ordem Terceira de São Francisco, Rua

(321 Votos)

O Convento da Ordem Terceira de São Francisco terá sido construído no século XV. Existe uma Bula de Fundação do convento concedida pelo Papa Eugénio IV que data de 1443.
Na origem da sua fundação, conta a tradição que São Francisco terá passado aqui a caminho de Santiago de Compostela, profetizando a construção do convento no local onde parara para beber água.
O templo foi extinto durante as reformas liberais do século XIX. Actualmente, restam apenas as ruínas da fachada da igreja, e de um edifício anexo, de traça barroca – a Casa dos Frades da Ordem Terceira de São Francisco.

IV. Pelourinho da Vila da Rua

(318 Votos)

O monumento encontra-se ladeado de casas de um e dois pisos, entre as quais a antiga Casa da Câmara e a fonte mural.
É formado por um fuste oitavado assente num soco de seis degraus oitavados. O capitel é quadrangular historiado com quatro cabeças coroadas cantonais e quatro rosetas nas faces. Na base do remate, elevam-se quatro pináculos em pirâmide de três registos de decoração, com pequenas esferas e duplos listeis salientes, rematados por florões. Ao centro tem outro pináculo (maior) decorado com quatro figuras aladas sobrepostas, escalonadas. A sua construção data do século XVI.
Conta a tradição que este Pelourinho pertence ao antigo concelho de Caria, cuja sede era na Vila da Rua, ao qual foi concedido em 1512 por D. Manuel I.
Classificado como Monumento Nacional pelo Decreto Nº 21 677, DG Nº 265 de 31 de Dezembro de 1915.

V. Santuário de São Torcato, Cabaços

(298 Votos)

Com base em registos bibliográficos, terá existido um antigo mosteiro de Cónegos Regulares de Santo Agostinho no local onde hoje se encontra o Santuário de São Torcato.
A acrescentar, o Dr. Gonçalves da Costa (História do Bispado e Cidade de Lamego, 1977-1992) informa-nos que, nos fins da Idade Média, a ermida de São Torcato já era considerada uma das mais importantes de Lamego.
Este lugar de culto situa-se a cerca de 920 metros de altitude a Norte/Nordeste da povoação de Cabaços e é composto, actualmente, por duas capelas (onde se podem observar peças em madeira de ex-votos), um coreto e um parque arborizado.
O templo ainda continua a ser visitado, sobretudo no mês de Maio, mantendo-se a tradição de levar os rebanhos à capela, onde se cumprem as três voltas e o velho costume de colocar o chapéu do santo, para curar e prevenir doenças e males da cabeça.

VI. Ponte de Ariz

(272 Votos)

Trata-se de uma ponte romana composta por dois arcos. O mais pequeno encontra-se quase soterrado. O tabuleiro em cavalete é composto por lajes graníticas. Não tem guardas.
Este monumento mede cerca de 45 metros de comprimento e 4,50 metros de largura.

VII. Necrópole Megalítica do Planalto da Nave

(222 Votos)
Orca Grande, Peravelha Estátua-Menir, Peravelha

Até ao presente momento, os monumentos megalíticos do planalto da Nave representam os mais antigos vestígios arqueológicos da presença do Homem no concelho de Moimenta da Beira (entre 4 500 a. C. e 2 500 a. C.).
À semelhança de outros pontos do território nacional, o planalto da Nave constitui um vasto e rico espaço de progressiva necropolização e monumentalização.
Encontra-se devidamente sinalizada. Os monumentos pré-históricos que integram a necrópole são os seguintes: Orca da Fonte do Rato, Orca do Bebedouro I, Bebedouro II, Chã das Lameiras, Orca Grande, Orca de Seixas, Orca das Carquejas e Estátua-Menir de Peravelha (esta é a ordem dos monumentos para quem inicia o percurso a partir da Quinta dos Caetanos, freguesia de Alvite).

VIII. Máscara da Casa de Moimenta

(219 Votos)

Imóvel quinhentista comummente designado por Casa de Moimenta, devido ao grotesco que decora o lintel do portal principal. É também conhecido popularmente como a Casa do Carrasco.
A fachada do monumento caracteriza-se pela decoração em relevo sobre as portas, composta por motivos geométricos, uma máscara humana (ao centro) e uma mísula que suporta um feixe de colunelos a abrir em leque. Entre os motivos referidos, verifica-se a respectiva inscrição – b ROIZ A – interpretada como Rodrigues e a sua provável datação – 1579 – sob o portal.

IX. Pelourinho de Leomil

(218 Votos)

Trata-se de um pelourinho formado por um fuste inferiormente de secção quadrangular assente num soco de quatro degraus octogonais escalonados, lisos.
O remate é de tipo gaiola aberta, sobre ábaco oitavado, com oito colunelos cilíndricos sulcados a meia altura, exceptuando o do lado Sudoeste.
No interior apresenta um esteio de reforço. A cobertura é em cúpula poligonal oitavada com esfera armilar com haste de ferro cravada, tendo inferiormente quatro pequenas peças metálicas.
A sua construção, datável do século XVI, revela um estado de conservação razoável.
Classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Dec. Nº 23 122, DG 2341 de 11 de Outubro de 1933.

X. Ponte da Arruda

(213 Votos)

Neste momento, a Ponte da Arruda encontra-se longe da importância que teve enquanto via de comunicação entre as povoações de Nagosa, Paradinha e Castelo. Ergue-se num denso arvoredo, sobre a ribeira do Tedo.
Esta ponte é composta apenas por um arco semi-circular com cerca de 5 metros de altura. O tabuleiro é plano e pavimentado com lajes de grandes dimensões e protegido lateralmente por uma fiada de cantaria em mau estado de conservação. Mede cerca de 6,50 m de comprimento e 2,70 m de largura.
Não necessitou do uso de contrafortes que servem para facilitar o escoamento do curso de água.
A sua construção datará da Época Moderna, tendo sido reconstruída por três vezes devido às torrentes.

XI. Igreja Matriz da Vila da Rua

(206 Votos)

Templo de origem românica, remodelado durante o século XVI. É composto por três naves divididas por seis colunas cilíndricas, sendo o seu orago São Pelágio. De acordo com o Dicionário Corográfico de Portugal Continental e Insular, de Américo Costa, a Igreja possui um campanário “assente sobre parte da torre de um castelo medievo que, segundo o General João de Almeida, foi construído por D. Sancho I quando os moradores de Caria-a-Velha vieram fundar a actual povoação da Rua”. No interior do templo, ao fundo, do lado da torre, encontra-se a Capela fundada por Pedro Rebelo.

XII. Zona histórica de Leomil (Largo Dr. António Oliveira de Seves)

(175 Votos)

Trata-se de um dos espaços mais interessantes da vila de Leomil. Aqui encontramos belíssimos monumentos: a Igreja Matriz (construída no século XVII), o Solar dos Coutinhos (do século XVIII), o Solar dos Viscondes de Balsemão (do século XVIII), o coreto, entre outros edifícios dignos de nota. Destaque para o interior da Igreja Matriz, onde existe uma Capela dedicada a Nossa Senhora da Penha de França, com retábulo em talha dourada policromada, azulejos do século XVIII e abóbada em caixotões de pedra.

XIII. Santuário de Nossa Senhora da Conceição, Castelo

(169 Votos)

Com base em registos orais e bibliográficos, presume-se que o morro rochoso, geograficamente bem posicionado (com cerca de 770 metros de altitude), onde se situam as capelas de Santa Bárbara e de Nossa Senhora da Conceição (do lado Nordeste da povoação de Castelo) terá sido antigamente um povoado fortificado.
Na verdade, a antiguidade deste sítio tem-se verificado, para além da proximidade do pelourinho, também nos inúmeros fragmentos cerâmicos detectados à superfície, uns medievais e outros de cronologia indeterminada, na presença de uma emproada muralha (junto à Capela de Nossa Senhora da Conceição), nos arcos da Capela de Nossa Senhora da Conceição, assim como no adro religioso, onde permanece uma necrópole medieval.
De referir que o interior da Capela de Nossa Senhora da Conceição guarda uma imagem de Nossa Senhora do Ó, em calcário, do século XV.
Além de tudo isto, o morro é composto ainda por um coreto, um Parque de Fauna e Flora (criado com o objectivo de preservar algumas espécies animais e vegetais locais) e uma zona de lazer, registando-se como um dos locais mais aprazíveis do concelho de Moimenta da Beira.

XIV. Estrada Romana de Aldeia de Nacomba

(169 Votos)
Troço de via Aldeia de Nacomba/Carapito

Os registos bibliográficos consideram que seja uma estrada secundária pertencente à viação romana, proveniente de Viseu em direcção a Lamego, passando pela região de Moimenta da Beira.
O troço situa-se numa zona montanhosa e florestal. Mede cerca de 1 quilómetro de extensão (interrompido em alguns locais) com uma largura média de 3,5/4 metros.
É visível o desgaste provocado pela intensa circulação, durante centenas de anos, de pessoas, animais e carroças.

XV. Povoado do Castelo

(148 Votos)
Povoado do Castelo, Ariz

Trata-se de um povoado fortificado com boas condições naturais de defesa e ampla dominância visual. Encontra-se implantado a 937 metros de altitude em posição sobranceira à ribeira dos Cubos (afluente da margem direita do rio Paiva). Integra o Circuito Pré-Histórico da Nave juntamente com os restos da Igreja Velha ou de São Miguel.
É defendido por um amuralhado recentemente reconstruído, com 2,5/3m de largura, completado por enormes blocos graníticos. No seu interior verificam-se abrigos naturais, assim como o aparecimento de material cerâmico e lítico, sugerindo uma ocupação a partir do III.º milénio a. C.

XVI. Necrópole Medieval de Casal dos Moiros


(135 Votos)
Sepultura antropomórfica, Soutosa, Peva

Trata-se de uma das oito sepulturas escavadas na rocha de Casal dos Moiros, em Soutosa (freguesia de Peva).
Este tipo de enterramento será dos tempos da Reconquista e Repovoamento do nosso território (enquadrando-se entre os séculos VI e XII) e corresponde a um ritual de inumação. A encerrar o túmulo, colocava-se uma tampa monolítica ou várias lajes de pequena dimensão dispostas horizontalmente.
No que respeita à sua morfologia, estas sepulturas podem assumir a forma não antropomórfica (as que não apresentam a feição do corpo e que podem ter configuração ovalada, rectangular ou trapezoidal) ou antropomórfica (as que manifestam a forma humana).

XVII. Capela da Senhora da Guia, Caria

(126 Votos)

Os registos bibliográficos sugerem a existência de um castelo no local onde se encontra, actualmente, a Capela da Senhora da Guia (na povoação de Caria), um sítio com aproximadamente 800 metros de altitude. Esta capela foi edificada no século XIX.

XVIII. Solar de São Domingos, Sarzedo

(121 Votos)

Solar construído no século XVI. Possui uma capela dedicada a São Domingos, cuja construção remonta ao ano de 1523. Esta capela destaca-se sobretudo pelo brasão e pela sua talha dourada e tecto de caixotes pintados. Está classificado como Imóvel de Interesse Público, pelo Decreto nº. 28/82, DG 47 de 26 Fevereiro 1982.

XIX. Muro, Peravelha

(120 Votos)

Dos vários povoados fortificados referenciados no concelho moimentense, o Muro (freguesia de Peravelha) assume particular interesse não só pela sua riqueza arqueológica, mas também pelos diversificados recursos paisagísticos locais. Alvo de recentes intervenções arqueológicas, situa-se numa elevação a 850 metros de altitude, a Norte/Noroeste da povoação de Peravelha, e possui um recinto protegido por um talude de terra compacta e pedras miúdas complementado nalguns locais por penedias, derivando daí o seu nome – Muro. Aqui identificam-se insculturas nos penedos, diversos materiais cerâmicos à superfície e estruturas possivelmente habitacionais, sugerindo uma ocupação desde a Idade do Ferro até à Idade Média.

XX. Santuário de Santo Antão, Peva

(118 Votos)

Outeiro elevado, com 841 metros de altitude, situado a Oeste da povoação de Peva, da qual dista cerca de 400 metros. No cimo foi construída a capela dedicada a Santo Antão, donde se contempla uma maravilhosa paisagem.

XXI. Castro de Sanfins

(107 Votos)
Pormenor da muralha do Castro de Sanfins, Paçô

Também conhecido por Castro de Paredes Secas, o Castro de Sanfins, freguesia de Paçô, encontra-se a 855 metros de altitude e transmite-nos perfeitamente a imagem dos povoados fortificados. Possui vestígios de casas de planta circular, quadrangular, oval e ainda duas linhas de muralhas.
Terá sido ocupado desde a Idade do Ferro até à Alta Idade Média, como se conclui dos vestígios arqueológicos encontrados, nomeadamente inúmeros fragmentos de cerâmica doméstica, decorada, moedas romanas de prata e cobre, mós, objectos de ferro, bronze e cobre.

4 comentários:

  1. Boas! Parabéns pela iniciativa.

    Mas, deixo aqui uma nota de desagrado referente às votações da Capela de Nossa Senhora da Guia. Dizem que houve irregularidades e gosta de saber que género de irregularidades foram essas.
    Chegando ao passado fim de semana, e tendo mais disponibilidade, devido ao trabalho, para contactar com colegas, emigrantes e amigos, não só no continente mas do estrangeiro, para através deste blog votarem na nossa Capela. Claro que a maior parte conhece a capela e foi espalhando para outros amigos. Fiquei satisfeita ao ver conhecidos e conhecidos de conhecidos a votarem na nossa Capela.

    Disponibilizando a votação através da internet, devem saber que se consegue muita coisa. Se não confiam na internet, não disposessem a votação online. Visto muitas das ligações efectuadas no fim de semana passado a pessoas, para votarem na capela, e estas votando, os votos das mesmas não serem contabilizados.

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  2. Em resposta ao comentário referente à Capela de Caria.
    Em primeiro lugar obrigado por seguir atentamente esta iniciativa.
    Quanto à votação, como compreenderá e sabendo nós que apesar de não ser fácil é possível contornar o sistema (este em princípio só permite que cada computador -IP - vote uma vez)fomos estando atentos ao longo dos dias no sentido de detectarmos alguma falha.
    Até ao dia 7 de Maio tudo pareceu decorrer dentro da normalidade. Nos dias 8 e 9 tivemos um PC ligado ao longo dos dois dias e constatámos haver sempre alguém online para além do nosso computador. Por outro lado, os votos iam caíndo sempre, e só, apenas na Capela de Caria (quando o sistema estava programado para aceitar sete votos diferentes em cada votação - cada pessoa votava em 7 monumentos). De tudo isto resultou que em pouco mais de 40 acessos ao site registámos perto de 400 votos na Capela de Nossa Senhora da Guia.
    Assim sendo, por unanimidade, achámos que o mais correcto seria contabilizar apenas os votos que esta Capela conseguira até ao dia 7 de Maio (sexta-feira)- antepenúltimo dia da votação.

    Uma vez mais, obrigado e os nossos melhores cumprimentos.

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  3. pafabens pela ideia. Permite conhecer mais do muito de bom que este páis tem

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  4. Somos alunas do 12ª ano da escola de tabuaço e gostariamos de mais informações sobre este projecto.
    Cumprimentos

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